MX Reverse e escolhas de frameworks

Se alguém deu uma olhada recentemente no meu GitHub, pode ter visto um repositório chamado mxreverse, que é um site que desenvolvi para validar o DNS reverso de servidores de e-mail. Apesar do código ser simples, tomei algumas decisões que gostaria de compartilhar.

Primeiramente a linguagem escolhida foi Python principalmente por ser a qual tenho mais domínio e facilidade, também achei uma biblioteca para fazer as pesquisas do DNS, possibilitando o desenvolvimento. Inicialmente pensei em criar uma função para fazer a validação com algumas funções auxiliares, que depois de alguns testes e tempo de desenvolvimento estava pronta.

Agora até aqui foi algo bem normal do qualquer projeto. Porém como disponibilizar esta função? Como utilizei uma biblioteca externa, além do meu código seria necessário também instalá-la para executar local, ou poderia disponibilizar um webservice, que possibilitaria reutilizá-lo com linguagens também. Como o código é Python, a forma mais simples, e provavelmente a mais recomendada é usar a especificação do WSGI, sendo uma única página, com apenas um parâmetro (o domínio a ser verificado), retornando um JSON, não tive necessidade de utilizar outros frameworks. Apesar de conhecer e gostar de Django e Bottle, o projeto não teria vantagens ao utilizar qualquer um dos dois, além de possibilitar fazer algo mais otimizado e simples sem um framework no caminho.

Com a API definida e funcional, era necessário um cliente que consuma a API e mostre as informações, caso contrário perderia a praticidade que gostaria, exigindo que cada um desenvolvesse seu código. Com as atuais aplicações em JavaScript no navegador, interessei me pela ideia de fazer uma página estática, utilizar AJAX para comunicar com a API e JavaScript para mostrar a resposta. Um framework JavaScript que tinha vontade de testar a algum tempo e aproveitei para fazê-lo neste projeto é o AngularJS. A principal ideia é atualizar um template HTML a partir de variáveis do JavaScript, ou seja, bastava ler o JSON e guardá-lo numa variável que o resultado seria mostrado na página.

O mais importante deste projeto é que mesmo que você conheça e goste de algum framework, ele pode não ser o melhor para a aplicação que está sendo desenvolvida. Abandonei a montagem do HTML em Python, passando para o JavaScript, deixei o código no servidor muito mais simples e aproveitei para conhecer outra forma de desenvolver aplicações, que poderei reutilizar em outros projetos onde ela se adapte melhor.

Resumo saia de sua zona de conforto, conhecer outros frameworks, por mais que superficialmente, pode ajudar na hora de montar uma aplicação, escolhendo uma arquitetura mais adequada.

Um comentário sobre “MX Reverse e escolhas de frameworks

Comente